Com a recente instalação dos radares de fiscalização de trânsito em Dourados, a segurança na mobilidade urbana volta às pautas legislativas. Neste contexto, o vereador Rogério Yuri (PSDB) apresentou o Projeto de Lei (PL) do “Ponto Cego” (40/23), que “dispõe sobre a implantação de adesivos nos veículos de transporte público coletivo para indicar a localização do ‘ponto cego’ aos ciclistas e demais motoristas e dá outras providências”.

“É uma solução simples, que pode salvar vidas! Todos os veículos de grande porte que circulem na cidade devem ter adesivos nos locais sem visibilidade. Funcionarão como alerta visual a pedestres, ciclistas e demais veículos que estejam na proximidade, reduzindo os riscos de colisão ou de atropelamento”, propõe o parlamentar. A responsabilidade de implantar os adesivos ficará a cargo das concessionárias de transporte público.

A ideia de Yuri – que, além de vereador, é arquiteto e urbanista – partiu da indignação popular e da escalada de acidentes de trânsito em Dourados. “Concluí que parte significativa desses acidentes tinha como fator preponderante, além do excesso de velocidade, os ‘pontos cegos’, que representam grande risco para carros, mas principalmente para motocicletas e bicicletas que transitam pelas vias”. Na análise do vereador douradense, sobretudo no centro urbano, o lado direito dos veículos pesados, como ônibus, “é uma das zonas mais perigosas, pois possui pouca visibilidade”.

Contrário à “temida indústria da multa, existente por meio dos impopulares pardais”, Yuri ressalta que são necessárias incorporações de outras medidas, além daquelas que penalizam e multam. O PL 40/23, que estava na pauta da 10ª sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada no último dia 10, foi aprovado em 1ª discussão e votação; agora, precisa passar por 2ª discussão e votação no Plenário Weimar Gonçalves Torres.

O psdbista afirma que o “projeto busca tornar mais seguro o trânsito em Dourados, sem trazer despesas ao município ou aos douradenses, e está alinhado a medidas de grandes metrópoles”. Também justifica que “a implantação de adesivo não representa investimentos capazes de prejudicar a viabilidade econômica das concessionárias do serviço público de transporte, já que são meros equipamentos urbanos capazes de potencializar a segurança do trânsito ao longo do trajeto do transporte coletivo na cidade”.