Para Audiência hoje, Ishy questiona políticas para as mulheres no município
Vereador faz reflexão a respeito das violências sofridas não só fisicamente ou psicologicamente, mas também nas instituições
Ishy cobra o funcionamento das Coordenadorias das Mulheres e da Igualdade Racial
Foto: Francielle Grott/CMD
29/03/2023 10:41

Uma Audiência Pública será realizada na Câmara Municipal nesta quarta-feira, dia 29, para debater as “Políticas Públicas para mulheres no município de Dourados: Eu conto, tu contas, nós contamos”. Com proposição do vereador Elias Ishy (PT) e apoio do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, a atividade está marcada para às 14h.

O parlamentar questiona se há atenção do município para as minorias, visto que não tem funcionado a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, bem como também a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial, que está diretamente relacionada à pauta. Ishy solicitou a reativação desses órgãos, pois “é fundamental para que as ações sejam implementadas de forma efetiva e coordenada, visando a igualdade de gênero e o combate à violência contra elas”.

Uma situação muito grave diante das estatísticas, segundo o parlamentar, como da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e do Monitor da Violência, divulgados pelo Portal G1, é que Mato Grosso do Sul tem a maior taxa de feminicídio do Brasil: 3,5 a cada 100 mil mulheres. Só neste ano, o Estado já registrou seis casos. Especificamente de Dourados, uma mulher é vítima de violência a cada 6 horas e a violência doméstica cresceu 7,36% no ano passado. “O que é mais chocante é que os esses dados são altos e ainda pensar que existe uma subnotificação muito grande”, afirma.

 

Na sessão do dia 20, o vereador encaminhou uma indicação ao governador, Eduardo Riedel, as ministras Sônia Guajajara e Cida Gonçalves (Povos Indígenas e das Mulheres), bem como a bancada de deputados estaduais e federais, indicando a urgência na implantação da Casa da Mulher Brasileira no município, destacando a importância de ser beneficiado com a implantação de uma dessas unidades anunciadas com a retomada do programa “Mulher Sem Violência”.

Campo Grande já tem uma, que foi a primeira beneficiada no Governo de Dilma Rousseff, mas está distante do interior. Além disso, o pedido se deve ao alto índice de violência local, principalmente relacionada com a situação indígena, por isso a necessidade dessa medida urgente.

A audiência tem transmissão pelo canal da Câmara no YouTube: http://bit.ly/CMDaovivo e certificados. As inscrições deverão ser feitas, antecipadamente, pelo site https://www.sympla.com.br/camaradourados.

Texto/Fonte: Assessoria