“Juntar unidades precariza atendimento básico de saúde”, diz Ishy
04/10/2019 12:20

04/10/2019 12h18 - Por: Assessoria

Ishy afirma que falta de diálogo também prejudica profissionais e usuários

A mudança referente às unidades de saúde esteve em pauta nesta semana em Dourados. Isso porque a medida anunciada devido à implantação do programa "Saúde na Hora" deixou trabalhadores e usuários preocupados e ansiosos. Para o vereador Elias Ishy (PT), a situação precariza o atendimento básico e a falta de diálogo continua prejudicando o município. "Essa não é a primeira vez que temos que intermediar uma situação de emergência", enfatiza.

Em reunião do Fórum dos Trabalhadores da Saúde de Dourados, foi demonstrada a situação atual em que a Estratégia Saúde da Família (ESF) da Vila Índio, Piratininga, Caiuas, Matos, passariam por mudanças, sendo inseridas em outros locais. A última citada, por exemplo, passaria para a Seleta. De acordo com os relatos, tudo foi comunicado a "toque de caixa" aos profissionais e as mudanças estavam previstas até o sábado (05). "O trabalhador é prejudicado e a população também com esses desencontros", diz Ishy.

Para o vereador, inserir os postos onde já possuem sede construída sem reformar, ampliar ou estruturar esses locais para receber mais profissionais, é tirar minimamente as condições de trabalho. "Imagina o transtorno que isso irá causar?", questiona ele. Em alguns casos, a unidade ficará muito longe para população e juntarão três postos em um só.

Na quinta-feira (03), o mandato acompanhou a mobilização dos usuários atendidos na Chácara dos Caiuás, que juntamente com a Piratininga, passariam a ser atendidos no ESF 43 (Vila Índio). O ato foi realizado em frente à unidade e cartazes pediam: "queremos nosso posto e nossa equipe ESF 42 aqui". "Como ficará essa adequação e o atendimento? Tem sala para três equipes?", questiona Ishy.

Após o encontro com o Fórum, o vereador foi até a secretaria de governo e depois a de saúde, acompanhado dos trabalhadores e trabalhadoras, pela urgência de informações sobre a implantação do programa e no que isso afetaria. Ficou acordado com a prefeitura um encontro (com data ainda a ser definida) para esclarecimentos ao Fórum antes de qualquer mudança. "Nosso mandato fez a mediação de conversas para mais uma vez tentar garantir a participação social e a transparência", afirmou o parlamentar.

Na sexta-feira (04), a reunião foi com os usuários dos Conselhos Gestores, na sede da secretaria, onde foi esclarecido que não haverá mudança sem antes conversar com as unidades envolvidas e a população, como resolvido anteriormente. Para Ishy, essa mobilização social demonstra o quanto é importante ficar atento e agir. "Destaco a luta das categorias e usuários, que unidos não permitiram que tudo fosse realizado às pressas", diz o vereador.

Ishy, como presidente da Comissão de Saúde, lembra que a Câmara tem se colocado a disposição, como para fazer uma audiência pública devido ao município atender a macrorregião, mas não tem sido acionada. Ele diz que essa deveria ser uma proposta apresentada pelo Executivo. "A manifestação ao invés de ocorrer pelo debate, acontece por arbitrariedades da prefeitura e não se avança assim", finaliza o vereador.


Reunião do Fórum de Trabalhadores e Trabalhadoras da Saúde (Foto: Assessoria)

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