Em carta, entidades pedem que PEC da reforma administrativa seja retirada de pauta
- Diante da crise sanitária e econômica, elas afirmam que é necessário ampliar o papel do Estado e não diminuí-lo -
Audiência Pública que tratou da PEC 32/2020 aconteceu dia 11 de maio, no Plenário da Câmara Municipal de Dourados  
Foto: Valdenir Rodrigues
24/05/2021 12:21

 

A Câmara Municipal de Dourados, em parceria com as entidades da sociedade civil, realizou no dia 11 de maio uma audiência pública que tratou da PEC 32/2020 (Proposta de Emenda Constitucional), chamada também de Reforma Administrativa e os seus impactos para a sociedade.

A partir deste debate público, está sendo encaminhada uma carta ao presidente da República, aos presidentes da Câmara e do Senado Federal, aos parlamentares federais e estaduais de Mato Grosso do Sul, informando a posição das entidades e autoridades contrárias a aprovação da PEC 32 apresentada pelo Governo Bolsonaro e ao mesmo tempo requerem que seja retirada da pauta.

Segundo o texto, “a PEC 32 não moderniza o Estado Brasileiro conforme preconizado na sua proposta, pelo contrário, ela representa o atraso, expresso pelo fim da estabilidade do serviço público, pela ampliação da terceirização e pela volta do nepotismo e do apadrinhamento político na contratação dos servidores públicos federais, estaduais e municipais”.

De acordo com as entidades, “a consequência da aprovação desta PEC será a diminuição dos serviços públicos essenciais, menos acesso à Educação de qualidade e o fim da Saúde pública universal, que mais de 70% da população depende. Sua precarização, além contribuir para a ampliação da pobreza no país, aumentará a procura e a fila para o acesso às políticas públicas, potencializando ainda mais a instabilidade econômica e social dos municípios brasileiros”.

Em nenhum momento se negam a fazer uma proposta, mas avaliam a situação da reforma atual. Diante da Crise Sanitária e Econômica, elas afirmam que é preciso ampliar o papel do Estado e não diminuí-lo. “Vários países têm demonstrado que essa é a saída para a crise e a retomada do emprego e da geração de renda. Que possamos construir, de fato, uma proposta de Reforma Administrativa que repare as injustiças sociais e garanta um Estado de Direitos e enfrente os privilégios que a presente PEC preservou”, enfatizam.

A carta é finalizada com o pedido de pautas nacionais, principalmente no enfrentamento à pandemia. “Queremos um Estado Forte, queremos auxílio emergencial digno e vacina para todos e todas”, finalizam.

Assinaram a Carta os vereadores Elias Ishy e Rogério Yuri, o Comitê de Defesa Popular de Dourados, o Sindicato dos Bancários de Dourados, a Aduems - Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, o Simted - Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação em Dourados - MS, o Aduf - Sindicato dos Professores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), o Sindracse - Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias de Dourados-MS e Região, o Sindenf - Sindicato dos Enfermeiros da Grande Dourados e Região, o Sindjufe/MS - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul e o Sinasefe/MS - Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional.

Texto/Fonte: Assessoria