26/04/2018 11h01 - Por: Assessoria
O vereador Elias Ishy (PT), recentemente, esteve na Reserva Indígena de Dourados conversando com as lideranças e apresentando as indicações do mandato, resultado de demandas locais quanto à segurança pública. Nesta semana, foi à vez de se reunirem com o comandante do 3º BPM, tenente coronel Carlos Silva, bem como o capitão PM, Teodoro Caramalac Neto.
O parlamentar, juntamente com o capitão da Jaguapiru, Izael Morales (Neco) e o secretário Argemiro de Souza, debateram em conjunto ações de enfrentamento a violência na Reserva. Atualmente são 17 mil indígenas e é crescente ainda o consumo de álcool e drogas. Segundo eles, faltam políticas públicas efetivas e ações preventivas para diminuir o índice de criminalidade na região. Quando o assunto é a responsabilidade, no entanto, a situação fica ainda mais complicada.
De acordo com o Coronel, a Polícia Militar pode atender ocorrências emergenciais, mas deve existir um trabalho de prevenção, além de ações que regule a venda de bebida alcoólica, hoje de forma indiscriminada. Ele afirmou estar a disposição da comunidade e lembrou que está em processo um curso de policiamento em áreas indígenas, que deve ajudar a entender mais a realidade local.
Na reunião, eles se lembraram da necessidade de uma base móvel comunitária na reserva e que havia uma emenda para o município que garantiria essa infraestrutura, no entanto, até o momento nada foi destinado concretamente. "A gente busca é trabalhar em parceria. Precisamos de ajuda urgente. Não temos poder de polícia", explicou Morales.
O capitão afirmou que tem vivenciado e recebido diversas reclamações dos moradores. Sobre os índices, com relação ao estupro, 70% das queixas no Conselho Tutelar são na Reserva, 10% dos casos de violência contra a mulher também, bem como a maior taxa de suicídios do país e um taxa de homicídios de 101,18 por cem mil habitantes, quase 400% superior aos não indígenas de MS.
Ishy acredita, por isso, que qualquer decisão sobre a reserva deve envolver o debate com a comunidade, então, agradeceu o tempo e a abertura de todos para buscar soluções para os diversos conflitos do local. "Temos vontade de resolver os problemas, contamos com o apoio e a sensibilidade dos órgãos públicos", finaliza.
