Elias Ishy apoia luta das mulheres em Dourados
07/03/2017 12:09

No dia 8 de março será realizada uma greve de mulheres em vários países em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Com o tema "se nossas vidas não importam, que produzam sem nós", elas vão parar e ir às ruas mostrar a luta contra o feminicídio, a desumanização e a exploração econômica.

O eixo principal de debate no Brasil será a "reforma da Previdência". A Proposta de Emenda à Constituição - PEC 287 - para trabalhadores e trabalhadoras fere profundamente a dignidade humana, segundo o vereador Elias Ishy. Para ele, um tema importante como esse atinge diretamente os direitos dos indivíduos deve ser discutido com toda sociedade. "Um Governo que tenta votar algo ‘a toque de caixa’, sendo que a nossa Constituição prevê que toda reforma deve ser amplamente debatida, nos representa?", questiona o parlamentar.

Para obter a aposentadoria integral, pelas regras da PEC, seria necessário contribuir durante 49 anos, ininterruptamente, além de a idade mínima ser igualada para homens e mulheres (65 anos). Segundo a análise do parlamentar, isso aprofunda ainda mais as diferenças, pois ainda há muitas desigualdades no mundo do trabalho. Para ele, essa ação também vai contra a realidade brasileira, pois não leva em conta, entre outros fatores, o índice de desemprego ou o ponto de vista econômico do nosso país.

De acordo com o Movimento Popular em Dourados, formado por sindicalistas e movimentos sociais de diversos setores, há pautas que devem ser levadas em consideração para as mulheres, como a de que "elas trabalham mais, pois chegam a casa após o trabalho e ainda cozinham, passam e cuidam dos (as) filhos (as) ou que as mulheres recebem menos que os homens (27%) para os mesmos cargos e funções, ainda que estudem mais, logo isso diminui o valor da aposentadoria".

As atividades do Movimento no município culminam em um grande ato unificado na praça Antonio João, no dia 8, às 14h, e uma Marcha Pela Vida das Mulheres, de lá até o Parque dos Ipês, às 17h. Na pauta dos movimentos também estão à violência de gênero, desemprego, divisão sexual do trabalho doméstico e a desigualdade em relação às mulheres do campo, negras e as indígenas.

"É preciso tomar medidas para frear qualquer que seja a violência contras as mulheres e participar de manifestações como essas é uma das maneiras de enfrentar o retrocesso e lutar a favor dos direitos de mais da metade da população mundial", afirma Ishy.


Ishy lembra que as mulheres recebem menos que os homens para os mesmos cargos e funções. (Foto: Thiago Morais).

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