O acesso à educação é um direito assegurado a todo cidadão brasileiro, lembra o vereador

O acesso à educação é um direito assegurado a todo cidadão brasileiro. No entanto, esse princípio constitucional não vem sendo cumprido integralmente no acampamento indígena localizado às margens da Perimetral Norte, em Dourados. Pelo menos 30 crianças, com idade entre 5 e 9 anos, ainda não foram matriculadas para o inicio do ano letivo por falta de vagas nas escolas instaladas na Reserva Indígena de Dourados.

Denominado tekoha “Whw-Vera”, o acampamento abriga há quase cinco anos 22 famílias de guarani-caiuás. São aproximadamente 180 pessoas vivendo em barracos construídos em uma área de pouco mais de 25 hectares.

Preocupado com a situação, o vereador Dirceu Longhi (PT) fez na quinta-feira (29) uma visita ao acampamento, onde se reuniu com as lideranças e membros da comunidade para conhecer a realidade dos acampados e buscar, junto à Prefeitura de Dourados, MPF (Ministério Público Federal) e Funai (Fundação Nacional do Índio), uma solução imediata que garanta a matrícula e o ingresso dos alunos indígenas em sala de aula.

Dirceu lembra que o problema vem se arrastando há pelo menos dois meses. Recentemente, lideranças do acampamento se reuniram com representantes do MPF e com a secretária municipal de Educação Marinisa Misoguchi para debater a questão da falta de vagas.

Diante da situação, Dirceu e o vereador Aguilera de Souza (PSDC), que são membros da comissão de assuntos indígenas da Câmara de Dourados, encaminharam o caso à Comissão de Educação Indígena, da Secretaria Municipal de Educação, que se comprometeu em solucionar a situação nos próximos dias.

O vereador do PT destacou que provavelmente às crianças do acampamento serão encaminhadas para ocupar às novas salas de aulas que serão entregues na próxima semana na escola Agostino, na aldeia Bororó, e que fica próxima ao acampamento.

“Estivemos no acampamento para conversar com a comunidade, que demonstrou muita apreensão diante da falta de vagas nas escolas para receber às crianças do local. Juntamente com o vereador Aguilera, acionamos a Secretaria de Educação, que nos sinalizou que o problema deve estar solucionado e às crianças matriculadas nos próximos dias. Esperamos que realmente a situação seja resolvida, já que acesso à educação é um direito universal de todo cidadão e não podemos admitir que um grupo tão grande de crianças fique fora da sala de aula”, destacou Dirceu Longhi.