Daniela cobra segurança e cursos profissionalizantes na reserva
19/04/2017 16:33

A vereadora Daniela Hall (PSD) está cobrando a implantação de cursos profissionalizantes na Reserva indígena de Dourados, por meio de convênios entre município, Estado e União. A parlamentar acredita que através da qualificação profissional é possível garantir mais oportunidades para jovens que querem ingressar no mercado de trabalho. "Essa foi uma das preocupações apontadas em recente reunião que tivemos com a comunidade, que apontou ainda situações como o abandono da Vila Olímpica, saúde e educação precárias e a falta de segurança pública. Levamos um relatório para a prefeita Délia Razuk e algumas situações já começaram a ser resolvidas como a limpeza na Vila Olímpica", destacou a vereadora. A parlamentar disse que pretende buscar informações sobre a possibilidade do aumento de rondas da polícia na Reserva. "O ideal seria que a União garantisse uma base policial da Força Nacional nas aldeias para coibir a criminalidade. Porém esse assunto deve ser amplamente discutido com o Estado e a União", destaca.

Daniela também destacou algumas lutas da comunidade em relação a violência contra as mulheres em que MS tem a segunda maior taxa do País. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo Daniela, os números revelam que o país está passando por uma "epidemia" de violência contra as mulheres e que, se não forem tomadas medidas concretas, a situação irá se agravar. "São inúmeras as violências sofridas: a física, a psicológica, sexual, moral, patrimonial. E todas requerem atenção específica", destaca. Ainda sobre as mulheres indígenas, Daniela ressaltou a grande conquista da primeira sede própria da Delegacia da Mulher de Dourados, que será instrumento de segurança para índias e não índias. A estrutura está sendo construída no Jardim Água Boa e já, nos próximos meses será entregue para a população, através de parceria do deputado federal Geraldo Resende com o Governo do Estado. "Teremos uma sede própria, mas temos que lutar para ela funcione com plantão 24 horas, já que hoje nossa delegacia funciona apenas em horário comercial, gerando constrangimentos para as vítimas", destaca.

Daniela também lembrou da falta D’água na Reserva que castiga as mães com seus filhos pequenos e a questão do desperdício que vem sendo alvo de ações judiciais. "Quero fazer um apelo a esta Casa para que possamos olhar com mais atenção as nossas irmãs e irmãos indígenas. Vamos unir forças com o Estado, União e Município, no sentido de garantir dias melhores também para essa comunidade, tão esquecida. É hora de fazer ecoar a voz das nossas crianças, para que não voltem a conviver com o fantasma da desnutrição. É hora de buscarmos uma vida mais digna, mais humana e que leve o respeito ao ser humano como prioridade", destacou.



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