Cultura LGBT+ é tema de Tribuna Livre na Câmara de Dourados
19/06/2018 10:33

19/06/2018 10h29 - Por: Assessoria

A Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Dourados foi ocupada na sessão ordinária de segunda-feira, dia 18, pelos membros do Núcleo de Estudos de Diversidade de Gênero e Sexual da UFGD, a professora doutora Kelly Cristina da Silva Brabes e o professor doutor Alcimar Queiroz.

Eles abordaram as questões da violência de gênero contra as pessoas LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e mais), sobre a prevenção e o tratamento das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e sobre o Dia do Orgulho LGBT+, que será comemorado em 28 de junho. Além disso, também falaram sobre a importância da cultura LGBT+ para o desenvolvimento social e a paz.

Segundo Kelly, o Núcleo se reúne frequentemente e está mobilizado para socializar os conhecimentos em ensino, pesquisa e extensão em qualquer espaço falando sobre a comunidade LGBT+. Ela lembra que a missão da universidade é a de formar profissionais e cidadãos capazes de transformar a sociedade no sentido de promover o desenvolvimento sustentável com democracia e justiça social.

O professor Queiroz relatou uma série de eventos de ações afirmativas para o grupo, como a Parada de São Paulo, por ser uma cultura colorida, de bom gosto, respeito e diversidade, mas também de manifestações contra a homofobia e por direitos iguais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo a adoção de crianças em famílias homoparentais, no ambiente escolar, entre outros.

Ele lembra que, nacionalmente, como provou o Grupo Gay da Bahia (GGB), entre os anos de 2013 e 2014, um total de 312 pessoas LGBT+ foram assassinadas, ou seja, uma a cada 28 horas. "Em Dourados os assassinatos por motivação homofóbica também são recorrentes e isso nos obriga a perceber que devemos criar políticas públicas para enfrentamento da violência às minorias sexuais", afirma.

Para o vereador Madson Valente (DEM), o preconceito tem que ser combatido. Ele ressalta o verdadeiro papel da universidade, como o próprio nome diz, é universal, contemplativa a todos e a todas. Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Elias Ishy (PT), a Câmara é fundamental para abrir esse debate, para que o respeito prevaleça e os números quanto aos casos de discriminação sejam cada vez menores.


Kelly Cristina, do Núcleo de Estudos da UFGD, discursou sobre o tema (Foto: Thiago Morais)

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