Cirilo se espanta por presidente não defender Câmara de Vereadores
01/12/2017 15:26

01/12/2017 15h22 - Por: Assessoria

Após fazer uso da tribuna livre da Câmara de Dourados, durante a sessão de segunda-feira, 27, quando tornou público os boatos de que um grupo estaria realizando reuniões para encontrar formas de se beneficiar através do contrato de comunicação da Câmara, que será firmado após o encerramento do processo licitatório para contratação de uma agência de publicidade para a Casa de Leis, o vereador Cirilo Ramão (PMDB) foi pego de surpresa com a iniciativa da presidente da Casa, Daniela Hall (PSD), em levar as indagações ao Ministério Público.

Segundo ele, a participação do MP no sorteio da subcomissão técnica para avaliar os trabalhos apresentados pelas agências participantes foi de extrema importância para garantir transparência e legalidade no certame, porém o vereador pede toda a documentação, além do processo burocrático, para que nada saia da legalidade. "Não disse que a licitação está irregular, pelo contrário, atende toda a legalidade. É preciso de esclarecimentos e investigações a respeito da possibilidade de beneficiar algumas pessoas, mas isto, segundo os rumores, está sendo feito na surdina. Se estiver realmente acontecendo temos o dever de desmascarar os envolvidos", revela.

O vereador se mostrou espantado com o posicionamento da presidente da Câmara que não acolheu positivamente o requerimento apresentando em plenário, no qual solicitava uma "fiscalização dos contratos da Câmara". "Minha intenção era auxiliar a presidente em seu pleito, protegê-la em sua boa conduta e garantir a continuidade dos trabalhos realizados na Casa", afirma.

Segundo Ramão, o que o levou a propor aos demais vereadores que avaliassem cautelosamente todos os contratos vigentes na Casa, foi uma medida no sentido de prevenir possíveis irregularidades. "Como parte da Mesa Diretora me sinto no dever de colaborar e contribuir para que essa gestão continue atuando dentro da legalidade. Estou desempenhando o meu papel e não posso ser julgado de maneira pejorativa", esclarece Cirilo que se diz espantado com o posicionamento da vereadora que, ao invés de aliar-se a ele, mostrou-se contrária a sua opinião e a preocupação com o município.

"Minha intenção foi alertar e não acusar. Disse que ouvi rumores e boatos sobre a licitação. Não estou confirmando se houve alguma irregularidade, estou buscando a verdade dos fatos. No entanto, através de matéria veiculada na imprensa de Dourados, Daniela demonstrou-se ofendida por eu tentar proteger o ofício de fiscalizador", esclarece Cirilo.

O vereador ainda apontou que, lamenta o desconforto que foi gerado entre os membros da Mesa Diretora e revela que sempre se pautou no compromisso com o povo para conduzir seu mandato e seu papel de gestor, como segundo secretário da Mesa Diretora. "Minha intenção é somar tanto nas ações do Executivo quanto do Legislativo, no entanto, não permitirei que minha conduta seja deturpada. Se for preciso acionar a Comissão de Ética da Câmara, para analisar toda a situação, assim farei", pontuou Cirilo.

Por fim, Cirilo frisou que fiscalizará todos processos licitatórios da Casa e não permitirá que nenhuma empresa sem know how, que não tenha serviços de publicidade prestados ou que seja apadrinhada ou indicada assuma os serviços da Casa. "Somente serão aceitas empresas que façam serviços relevantes e que, dentro da lei, sejam escolhidas através da comissão", finalizou.


Cirilo Ramão ficou assustado com o posicionamento da presidente -Foto: Divulgação

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